Bastidores da entrevista com a Sônia – by Ademar da Luz

Galeria

Esta galeria contém 15 imagens.

O marido de Sônia, também proprietário, Orlando Lange, mostrando uma de suas bebidas adquiridas em viagem ao exterior Mais uma bebida da adega indicada por Orlando Até e repórter Débora ajudando a Bitinha Paisagismo onde era uma garagem Mais  carpas … Continuar lendo

Romeu e Julieta

a)    Romeu e Julieta: uma história de amor (título a ser discutido)

b)    A pauta da reportagem final abordará a trajetória de casais cujos nomes lembram pares famosos. O grupo Raposas Online ficará encarregado de encontrar um homem e uma mulher (casados, namorados) que tenham o nome de Romeu e Julieta. A ideia é contar um pouco da história do casal – como o romance começou, por exemplo – e analisar o que essa trajetória tem em comum com o romance dramático escrito por Shakespeare, cujo resumo deve ser disponibilizado no blog. O objetivo também é conversar com a família e pessoas próximas do Romeu e da Julieta. Haverá a disponibilização de espaço para comentários.

c)    A ideia é utilizar texto, foto, áudio e vídeo. Pretendemos elaborar um material com a utilização de hiperlinks e conteúdo multimídia.

d)    Ainda estamos em busca do nosso casal Romeu e Julieta.

e)    Estamos pensando na fonte e no tipo de entrevista que iremos aplicar. Pingue-pongue, por ter perguntas e respostas curtas, é uma boa opção para a web.

f)

Morte

Em 1999 Cash foi diagnosticado com Síndrome de Shy-Drager, uma doença neuro-degenerativa – diagnóstico que mais tarde seria alterado para problemas no sistema nervoso associados à diabetes. Seu estado de saúde o forçou a encurtar uma turnê; ele foi hospitalizado em 1998 com grave pneumonia, que prejudicou seus pulmões. O álbum American III: Solitary Man, lançado em 2000, apresentava sua resposta à doença, representada por uma versão de “I Won’t Back Down” de Tom Petty assim como uma releitura poderosa de “One“, do U2.

Túmulo de Cash e Carter.

Cash lançou American IV: The Man Comes Around em 2002, que consistia metade de material original e metade de covers, algumas bem surpreendentes. O videoclipe de “Hurt”, canção composta por Trent Reznor do Nine Inch Nails, foi indicada em sete categorias do Video Music Awards da MTV, ganhando o prêmio de “Melhor Fotografia”. Em2004 “Hurt” também venceu o Grammy de “Melhor Videoclipe”.

A esposa de Johnny, June Carter, faleceu de complicações decorrentes de uma cirurgia do coração em 15 de maio de 2003, aos 73 anos de idade.

Menos de quatro meses depois Johnny Cash morreu devido ao diabetes aos 71 anos de idade enquanto estava hospitalizado no Baptist Hospital em Nashville, Tennessee. Ele foi enterrado ao lado de sua esposa no Hendersonville Memory Gardens, perto de sua terra natal, Hendersonville, Tennessee.

Drogas

Cash viciou-se em anfetaminas e barbitúricos – são drogas estimulantes da atividade do sistema nervoso central -, no auge de sua carreira, nos anos 60. Após um acidente envolvendo os filhos do vizinho Roy Orbison – desabamento da casa – Johnny resolveu se desintoxicar. Trancou-se em casa e manteve contato com poucos amigos, entre eles, June Carter – que após tornaria-se esposa de Cash.  A balada romântica “Flesh and Blood” foi uma das primeiras de inúmeras músicas que Cash dedicaria à sua amada.

Nos dois anos seguintes ele gravou  dois álbuns ao vivo, Johnny Cash at Folsom Prison (1968), e Johnny Cash at San Quentin, (1969) – mesmo ano do nascimento de seu primeiro e único filho homem, John Carter Cash.

Cash recaiu no vício no começo dos anos 80 depois de um ferimento no estômago, que o fez começar a abusar de drogas para aliviar as dores. Durante sua recuperação (1986), ele se tornou amigo de Ozzy Osbourne, um dos cantores favoritos de seus treze filhos. Durante outra visita ao hospital – desta vez por causa deWaylon Jennings, que recuperava-se de um infarto – Cash decidiu, por sugestão de Jennings, fazer um check-up. Os médicos indicam uma cirurgia cardíaca preventiva. Durante sua recuperação Cash se recusou a tomar qualquer tipo de remédio, temendo viciar-se novamente. Ele recordaria mais tarde que durante a operação ele passou por uma experiência “próxima da morte”. Cash disse que teve visões celestes tão belas que ficou com raiva quando acordou e percebeu que estava vivo.

Quando seu relacionamento com as gravadoras e com a indústria musical de Nashville começou a azedar, Cash chegou a entrar no terreno da autoparódia (como no álbum Chicken In Black). Depois que seu contrato com a Columbia Records terminou, ele passou um breve e mal-sucedido período na Mercury Records.

Em 1986 Cash publicou seu único romance, Man in White, um livro sobre Saulo e sua conversão ao tornar-se o apóstolo Paulo.

 

Carreira

Casou-se com Vivian Liberto, em 1954, teve quatro filhas. Vendia ferramentas e estudava para ser locutor de rádio, em Menphis, Tennessee. Durante a noite, Cash tocava com o guitarrista Luther Perkins e o baixista Marshall Grant, enquanto criava coragem para visitar os estúdios da Sun Records para tentar conseguir um contrato.

Cowboy Jack Clement, produtor da Sun, disse ao cantor que Cash voltasse e conversasse com Sam Phillips. No teste, ele cantou músicas no estilo gospel. Phillips falou para Cash voltar para casa e pecar,  retornando com músicas que poderiam ser vendidas.

Cash conseqüentemente convenceria Clement e Phillips com suas canções frenéticas, e as gravações de “Hey Porter” e “Cry Cry Cry” (lançadas em 1955) tornar-se-iam um destaque nas paradas de sucesso Rock. No início da década seguinte ele se divorcia de Vivian Liberto.

Em 1957,  Johnny tornou-se o primeiro artista da Sun Records a lançar um álbum completo. Porém, ele estava insatisfeito com o contrato. Por isso, foi para a Columbia Records.


Entrevista: Augusto Paim, tradutor de Johnny Cash – uma biografia

O lançamento de obras estrangeiras inéditas no Brasil é uma das decisões editoriais mais frequentes da 8INVERSO. O catálogo de títulos publicados é prova disso, e um dos destaques são os livros do selo 8INVERSO Graphics – dedicado às narrativas em quadrinhos.

O gaúcho Augusto Paim, de 25 anos, foi o tradutor da graphic novel que apresentou aos brasileiros o trabalho de um premiado quadrinista alemão, já conhecido na Europa e nos Estados Unidos: Reinhard Kleist, autor de Johnny Cash – uma biografia.

Na entrevista abaixo, o jovem jornalista, tradutor e escritor porto-alegrense fala sobre tradução literária, a arte das narrativas em HQ e o trabalho de Reinhard Kleist. Confira!

De quem partiu a iniciativa de traduzir Johnny Cash – uma biografia? Já conhecias o trabalho do autor, o alemão Reinhard Kleist?

Entre 2008 e 2009, morei na Alemanha por oito meses; foi onde tive contato com a maioria das obras de quadrinhos que tenho me esforçado para trazer para o Brasil, como Johnny Cash – uma biografia, do Reinhard Kleist. Em Berlim, visitei o ateliê de um outro quadrinista que eu admiro, o Mawil, que, na época, dividia o espaço com mais três quadrinistas, entre eles o Kleist. De volta ao Brasil, em 2009, o Robertson Frizero, que foi meu colega na oficina de criação literária do Luiz Antonio de Assis Brasil, me pediu sugestões de projetos para a editora da qual ele recém virara sócio, a 8INVERSO. Eu sugeri a tradução da graphic novel sobre Johnny Cash. Aí ocorreu uma coincidência que ajudou bastante nessa decisão: eu já estava organizando um evento com o Goethe-Institut Porto Alegre que traria o Kleist para o Brasil no final do mesmo ano. A editora aprovou a ideia, e então corremos para fazer a tradução a tempo de lançar o livro com a presença do autor. Eu me sinto orgulhoso por ter trazido a obra do Kleist para o Brasil, mas também sei que isso só ocorreu porque houve uma editora com visão suficiente para topar a empreitada e ver aí uma grande oportunidade. Ainda hoje há vários autores alemães consagrados esperando por tradução. Não é toda editora que tem esse tino para negócio.

Ao teu ver, uma graphic novel biográfica, como é o caso de Johnny Cash – uma biografia, aproxima-se mais da literatura ou do jornalismo?

Eu diria: aproxima-se mais do Jornalismo Literário. A reportagem feita em profundidade tem muita semelhança com as melhores obras literárias, porque acaba não apenas informando, mas também transformando. O Jornalismo Literário bem feito também tem esse poder. Claro que aí há uma discussão sobre uma possível fronteira entre ficção e não-ficção, o que é bem questionável até certo ponto. A respeito disso, gosto muito de citar o que um personagem diz na página 94 de Cash: “De vez em quando você tem de ler apenas nas entrelinhas. Então você tem as verdadeiras histórias. No fim, são as histórias que permanecem, não os fatos. E histórias precisam ser contadas.”

A edição original do livro foi publicada na Alemanha em 2006, próximo ao lançamento do filme americano “Johnny & June”, também sobre a vida de Johnny Cash. Que diferenças existem entre as histórias apresentadas nas duas obras?

A proximidade do lançamento das obras foi uma coincidência; o Kleist não sabia que o filme estava em produção. Na minha visão, a versão cinematográfica da vida de Johnny Cash é mais romanceada, centrada na relação dele com a June. É uma história de amor, praticamente. Já o quadrinho de Kleist tem uma atmosfera mais sombria, com bastante enfoque para o efeito das drogas na vida do cantor. Acho que por isso o trabalho do Kleist corresponde melhor ao que foi a vida de Johnny Cash. Se você acompanha a trajetória completa da vida do cantor — incluindo aí a relação com a June, a carreira musical, sua infância e o uso das drogas —, você compreende muito melhor o clipe “Hurt”, que é praticamente um apanhado de tudo o que a vida dele significou.

Existem limitações narrativas impostas pelo gênero graphic novel ou qualquer história pode ser transposta e adaptada aos quadrinhos?

Se formos pensar que o quadrinho é uma mídia visual, pareceria loucura contar assim a trajetória de um músico. Por isso o trabalho do Kleist merece tantos elogios. Por outro lado, acredito que há algumas histórias mais apropriadas para a linguagem dos quadrinhos. Trabalho com Jornalismo em Quadrinhos e tenho pesquisado bastante sobre que vantagens há em se fazer uma reportagem usando essa linguagem. No meu ver, o quadrinho é muito bom para histórias com bastante apelo visual e que exigem reconstituição de cenas e construção de atmosferas. Nesse sentido, a sarjeta (o espaço entre um quadro e outro) pode ser um recurso excelente para tornar o leitor o responsável pela criação do clima da história, para jogar o leitor dentro da história.

Que sugestões darias a jovens estudantes interessados no trabalho de tradução literária?

O importante da tradução é dominar a língua de chegada — o português, no nosso caso. Já com a língua de partida é necessário ter uma relação longa e profunda, claro, mas dificilmente se conseguirá dominá-la. É aí que vêm em nosso auxílio os dicionários e outras fontes.

Como fazer para acompanhar o teu trabalho ou entrar em contato?

Tenho um site, onde está publicado meu portfólio: augustopaim.com.br. Ali é possível acessar meu perfil no Facebook e no Twitter (@augustoteles). Também tenho dois blogues: o cabruuum.blogspot.com, onde desde 2005 escrevo sobre quadrinhos, e augustfest.blogspot.com, que começou como um espaço para relatar as minhas experiências de intercambista e onde hoje divulgo meus mais recentes trabalhos, bem como publico textos literários.

Juventude de Johnny

Filho de um fazendeiro pobre, Johnny Cash nasceu em Arkansas, Estados Unidos, em 26 de fevereiro de 1932. O pai era alcoólatra e abusava físicamente e emocionalmente de seus filhos. Cash começou a trabalhar com cinco anos em um campo de algodão com a sua família. Em 1944, seu irmão mais velho, Jack, sofrera um acidente. Ele foi puxado por uma serra de madeira no moinho em que trabalhava, sendo quase partido ao meio e acabou falecendo. Em seu leito de morte teve visões do céu e dos anjos. Johnny sempre se culpou do acidente ocorrido, pois estava pescando naquele dia.

O envolvimento na música começou na juventude. Ele começou a compor e a tocar violão. Ao entrar na Força Aérea Americana, passou a ser chamado de “John”, neste período fez uma de suas músicas mais famosas  FolsomPrisonBlues.